Escrito nos anos iniciais da Guerra Fria, o livro é uma crítica ao que Bradbury viu como uma crescente e disfuncional sociedade americana. O romance apresenta um futuro onde todos os livros são proibidos, opiniões próprias são consideradas antissociais e hedonistas, e o pensamento crítico é suprimido. O personagem central, Guy Montag, trabalha como "bombeiro" (o que na história significa "queimador de livro"). O número 451 é a temperatura (em graus Fahrenheit) da queima do papel, equivalente a 233 graus Celsius.
A Biblioteca de Alexandria foi uma das mais célebres bibliotecas da história e um dos maiores centros do saber da Antiguidade. Ficava situada na região portuária da cidade de Alexandria, no Egito.
Nasceu durante o período helenístico, tendo como propósito refletir os valores de sua época, ou seja, de apoio a difusão do saber grego clássico para o Oriente.
Sua construção foi patrocinada pelo sátrapa do Egito, Ptolomeu, que, sendo um apreciador da filosofia grega — tal como seu antecessor, Alexandre, o Grande — apoiou a criação de diversas escolas de pensamento sediadas na Biblioteca, além de museus e coleções permanentes, que acabaram atraindo diversas personalidades intelectuais de todo o mundo antigo para Alexandria.
Sua fama moderna reside, contudo, no conhecimento popular de sua mítica destruição por um incêndio, tendo todos os seus artefatos — tais como papiros, livros, pinturas e peças arqueológicas — sido queimados.
Poucas informações concretas sobre a datação e causas do incêndio chegaram até nós, sendo que há, inclusive, intenso debate sobre se o incêndio foi, de fato, a causa da ruína da Biblioteca. Muitos historiadores, nesse sentido, acreditam que a o incêndio foi provavelmente um fator, dentre vários, que levaram a sua destruição.
Há pouco tempo o governo egípcio construiu uma nova biblioteca em Alexandria, próxima ao local da antiga, com o objetivo de rememorar o esplendor da biblioteca original. Foi inaugurada em 2002 e, embora alvo de duras críticas decorrentes do seu alto custo, a nova biblioteca introduziu, como sua antecessora também o fez, uma nova era de apoio ao saber no norte da África. :
Destruição da biblioteca de Alexandria
A destruição da Biblioteca de Alexandria é um evento histórico que divide os historiadores pelo menos desde o século XVIII. A versão mais popular, pelo menos entre o grande público, é a de que a biblioteca foi destruída por ordem de Amr ibn al-As, governador provincial do Egito em nome do califa Rashidun Omar ibn al-Khattab, pouco depois da conquista do Egito comandada por Amr em 642, mas desde o século XVIII que diversos estudiosos questionam a veracidade dessa versão da história.
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