Na origem, como de hábito, um pouco de China.
Aquele que realmente criou esse novo tipo de jogo morreu sem o reconhecimento de ter deixado um legado cultural importante para a humanidade. Até porque, à época, cuidava de uma atividade ilegal, e tudo o que queria era permanecer desconhecido. Jogos de cartas na China compõem um conjunto de jogos designados por expressões que contêm sempre a palavra pai, que significa literalmente ‘placa’.
Vários jogos são praticados usando o princípio das ‘placas’, caracterizadas por terem uma face uniforme, onde o valor de cada carta é desconhecido, e a outra face com desenhos e símbolos usados para formar as combinações em cada jogo.
Esse atributo tanto é verificado em baralhos como nos dominós e nas peças de Mah Jong. As cartas de jogar, feitas em papel, designam-se em chinês por zhi pai; dominós, por gu pai (placas de osso) e as peças de Mah Jong, normalmente fabricadas em marfim, por ya pai. Nossas cartas chinesas, longínquas precursoras dos baralhos atuais, eram (e ainda são) pequenos retângulos alongados, com dimensões médias em torno de 10 x 2,5 cm, portanto bem menores que as cartas de jogar modernas. Tanto na aparência física como na composição e regras dos jogos, pouco se assemelham ao baralho moderno. Mas como essas cartas evoluíram e chegaram até a Europa, tomando a forma, estrutura e padrão que hoje nos é familiar? Temos aqui muita especulação e pouca certeza.
O fato é que outros padrões de cartas de jogar orientais têm muito pouco a ver na aparência e estrutura com os jogos de cartas europeus que originaram o moderno baralho, com o qual disputamos nosso buraco, pôquer, bridge, truco...
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