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Uma casa sem livros é como um corpo sem alma., Cícero

...SÓ SEI QUE NADA SEI!

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terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Qual é a origem da expressão “OK?”

A primeira vez que o termo apareceu na imprensa foi num jornal de Boston, nos Estados Unidos, em 1838. Fora isso, tudo o que se sabe a respeito da expressão, usada para indicar que algo está all correct (“tudo certo”, em inglês), não passa de hipótese. E são muitas. Uma das explicações é que o ok seria uma tentativa de os americanos imitarem, no século 18, a pronúncia francesa do nome de um excelente rum da época, o Aux Cayes. Produzida na então colônia do Haiti, a bebida era tão saborosa que os consumidores deram seu nome a tudo que consideravam bom e perfeito. 

Outra versão diz que o ok surgiu como abreviatura da expressão inglesa oll korrect, forma vulgar de escrever all correct, indicando, no universo náutico, que nada de errado havia com uma embarcação. “O marinheiro encarregado de fazer a vistoria, não encontrando nenhuma irregularidade, dizia ‘ok’ e o navio zarpava”, diz o etimologista e escritor Deonísio da Silva, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Uma terceira hipótese relaciona a popularização da expressão às iniciais da cidade Old Kinderhook. 


Lá nasceu Martin von Buren, candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos. “Durante a campanha, o político usava a expressão como saudação e gesto de que tudo ia bem com ele”, diz Deonísio. E ficou mesmo tudo ok com Martin von Buren, que venceu as eleições e foi presidente entre 1837 e 1841. 


Pesquisa - Magno Moreira 
Fonte - Super Interessante e  Redação Mundo Estranho access_time 4 jul 2018, 20h17 - Publicado em 18 abr 2011, 18h51

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Wish You Were Here in Guantanamo Bay — Resenha de ‘Is This The Life We Really Want?’, Roger Waters

O album me surpreendeu pelas letras de cunho político-social , inclusive com deboches do presidente norte americano Donald Trump, o ex-baixista e letrista do Pink Floyd Roger Waters está de volta com seu primeiro álbum em quase 25 anos, produzido por Nigel Godrich (Radiohead). 

Vale a pena embarcar nesta viagem musical política raivosa? Vale sim, e muito!  A temática social faz do trabalho um projeto audacioso desse músico  consagrado. O trabalho nos remete a uma atmosfera down, sombria e angustiante, o que nos faz lembrar de dois álbuns do Pink Floyd, o The Wall e o Final Cut.

Pesquisa Magno Moreira
 Fonte - Meio bit

sábado, 1 de dezembro de 2018

Vídeos - 50 anos do Album branco dos Beatles, e as trinta faixas que abalaram o mundo

Antes de mais nada relembro nessa publicação que a primeira vez que ouvi o Album branco dos Beatles faz mais de vinte anos, quem me apresentou a esse icônico disco foi meu amigo de mais de três décadas Fabio Gumiero.
Esse artigo que esse incauto e intrépido blogueiro reproduz a baixo é  o melhor artigo sobre Rock que eu li na minha vida, ele foi publicado pela Revista Cult


As primeiras gravações dos Beatles, quando comparadas com as de inúmeros outros conjuntos de rock surgidos na Inglaterra no mesmo período, não parecem revelar nada de excepcional. Os arranjos vocais são talvez mais caprichados que o da maioria das outras bandas, mas a qualidade do instrumental não é muito superior à do Dave Clark Five; quanto à potência sonora, sempre um fator importante em se tratando de rock, o conjunto não se compara aos Rolling Stones ou a The Who; e sem dúvida nenhum dos seus vocalistas está no nível de Eric Bur­don dos Animals. 
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No entanto, as primeiras apresentações do conjunto produziam no público – formado basicamente por adolescentes do sexo feminino – uma espécie de histeria coletiva. Houve quem tentasse explicar o fenômeno apontando para a presença em “I wanna hold your hand”, primeiro megassucesso do grupo, de uma passagem harmônica incomum na música de consumo, já que a pobreza da letra e da melodia não parecia conter nada que pudesse justificar tamanho entusiasmo. Fosse como fosse, a primeira turnê dos Beatles nos Estados Unidos, não muitos meses após o trauma nacional do assassinato de John Kennedy, encontrou entre os jovens norte-americanos uma recepção muito além do que parecia compreensível ou mesmo concebível. 

Em retrospecto, tem-­­se a impressão, por mais ilógica que seja, de que aquele primeiro público de algum modo adivinhava que os Beatles tinham algo de especial. Numa carreira que durou apenas oito anos, as realizações desses quatro músicos primitivos (o próprio Geor­ge Harrison se autoquali­ficou de jungle musician) foram de fato impressionantes. 


Os Beatles modificaram radicalmente o rock e o próprio conceito de música popular, introduzindo no circuito do consumo informações oriundas da música erudita e da música oriental. Além disso, é bem provável que a popularização da música clássica indiana no Ocidente por eles provocada tenha sido uma das fontes que impulsionou o minimalismo entre os compositores eruditos mais jovens. Foi também grande o impacto do conjunto sobre a indústria fonográfica: os Beatles estiveram entre os primeiros a gravar faixas que se estendiam muito além dos tradicionais três minutos, e devem-se também a eles a concepção do álbum duplo e a ideia de que a capa de um disco não precisa se limitar a reproduzir o retrato do artista sorridente, posando ao lado de seu instrumento. 


A revolução desencadeada pelo quarteto de Liverpool teve início, de modo cauteloso, em 1965, quando saíram o álbum Rubber Soul, de 1965, em que George trocou a guitarra elétrica por um sitar numa faixa (“Norwegian wood”), e o compacto Yesterday, com acompanhamento de orquestra de cordas. No ano seguinte saiu Revolver, um disco ainda mais experimental, com um solo de guitarra executado com a fita tocando ao contrário (“I’m only sleeping”). Como todos sabem, a grande ruptura foi o lançamento de Sergeant Pepper’s Lonely Hearts Club Band, em 1967, seguramente um dos álbuns mais importantes da história da música popular, sobre o qual muito já foi escrito. 


No entanto, revisitando o legado musical do conjunto, constato que o melhor dos Beatles é o álbum duplo que traz a capa em branco e ostenta como no­me apenas as palavras The Beatles gra­­vadas em alto-relevo e que se tornou conhecido como The White Album. Foi produzido em meio a uma intensa crise. No decorrer de seis meses de trabalho de estúdio, o conjunto chegou a se desfazer, porém as gravações continuaram; várias faixas foram concebidas e gravadas com a participação de apenas dois membros do conjunto, sem que os demais tomassem conhecimento do que estava sendo feito. 


John Len­non, Paul McCartney e George Harrison já estavam cada um procurando um caminho próprio: Lennon desenvolvia o som agressivo e visceral que culminaria com o álbum do “grito primal”; McCartney já praticava o multiinstrumen­talismo que exibiria em seu primeiro LP solo; e Harrison dava início a seu melhor período como compositor, que prosseguiria em Abbey Road, fecho de ouro dos Beatles, e floresceria pela última vez na sua obra-prima, o triplo All Things Must Pass. 


O resultado final foi, como não podia deixar de ser, um álbum heterogêneo, descentrado, diferente de tudo o que os Beatles haviam feito até então. Logo no momento em que surgiu, parecia claro que aquele álbum imenso, com mais de hora e meia de duração, fazia uma espécie de levantamento geral da história do rock. O que ninguém podia imaginar, porém, é que ele continha também o prenúncio de boa parte do que viria a surgir nas décadas seguintes. É essa sua dupla natureza, retrospectiva e prospectiva, que torna o Álbum Branco uma obra única. É claro que ele não poderia ter tido o impacto de Sgt. Pepper: o caminho estava aberto, e tudo já se tornara possível num disco de rock. 


Também não tinha o acabamento formal irretocável de seu ilustre antecessor, concebido como uma espécie de suíte pop em treze movimentos; muito pelo contrário, suas trinta faixas são desconexas e desiguais em termos de qualidade, variando do extraordinário ao péssimo. Mas essa heterogeneidade é precisamente um dos fatores que tornam o Álbum Branco o documento de época que é: se tivéssemos de escolher um único artefato para resumir o que 1968 representou para uma parcela importante da juventude ocidental, esse disco seria talvez a melhor escolha. Não é por outro motivo que a ensaísta norte-americana Joan Didion escolheu The White Album como título do livro em que tematiza 1968. Súmula do rock passado e futuro e mais completa tradução do ano que não terminou: vejamos de que modo o Álbum Branco consegue ser tudo isso, examinando-o faixa a faixa, tal como ele se apresenta ao ouvinte. 


O primeiro disco tem início com um admirável pastiche de rock’n roll clássico assinado por McCartney, “Back in the U.S.S.R.”, alusão a “Back in the U.S.A.” de Chuck Ber­ry, em que referências à União Soviética substituem as originais, aos Estados Unidos. Fora a sequência harmônica pouco ortodoxa no começo, tudo – a segunda parte, os riffs, o coro ao fundo, os jogos de palavras da letra – segue à risca a receita original; e o arranjo vocal lembra os Beach Boys gravando Chuck Berry, um pastiche de um pas­tiche. A segunda faixa, de Len­non, “Dear Prudence”, obedece à tradição presleyana de alternar rocks quentes com baladas mais suaves. Na terceira já entramos em território minado: em “Glass onion”, John Lennon retoma o clima entre transgres­sivo e nonsense de “I am the walrus”, realizando uma espécie de colcha de retalhos com fragmentos de letras e melodias de canções anteriores do conjunto. 


A faixa seguinte, “Ob-la-di, ob-la-da”, é de uma banalidade tão gritante que parece ter uma intenção satírica, impressão confirmada pelo final inesperado da letra: a idílica história de amor termina com uma inquietante troca de sexo do pai de família (na verdade, apenas um erro de Paul durante a gravação, que acabou sendo deixado na versão final, de propósito). “Wild honey pie”, uma brincadeira inconsequente, funciona como introdução para outra melodia aparentemente infantil, desta vez de Lennon, “The con­tinuing story of Bungalow Bill”. 

Mas aqui desde o estribilho a intenção satírica é clara, e o tom da brincadeira um pouco mais pesado; Bungalow Bill e sua mãe são pessoas perigosamente violentas. O tema da não-violência aqui introduzido reaparecerá diversas vezes ao longo das faixas, constituindo um dos poucos fios condutores deste álbum tão descosido. A primeira composição de Har­rison do disco, “While my guitar gen­tly weeps”, apesar de uma letra pouco inspirada, se destaca pela beleza da melodia e o apuro do instrumental; o requintado solo de guitarra surpreende o ouvinte já habituado às limitações técnicas de Har­rison (logo começarão a correr boatos, posteriormente confirmados, de que o verdadeiro autor do solo é Eric Clap­ton). 

O enlevo melódico é quebrado pela dissonância agressiva de “Hap­piness is a warm gun”, uma das canções mais cáusticas produzidas por Lennon até então, em que o tema da antivio­lência é retomado. O lado A do disco 1 se encerra com Lennon declamando, num tom quase libidinoso, versos que descrevem o contato sensual entre um dedo e um gatilho. Só ouvimos um quarto do álbum, mas já estamos muito longe do rock puro e nostálgico de Chuck Berry.


Paulo Henriques Britto/ Cult

Pesquisa - Magno Moreira, o intrépido e incauto blogueiro de Cianorte PR


Dedico essa publicação ao meu amigo Fabio Gumiero, o Fabião.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Meu primeiro contato com os Beach boys foi em 1999

O primeiro contato que eu tive com essa banda foi quando sintonizei pela web um emissora de Rádio dos Estados Unidos, isso no início da web em Cianorte, a banda é os The Beach Boys e o primeiro álbum que comprei foi um vinil do 15 Big ones o vigésimo álbum de estúdio da banda de rock norte-americana The Beach Boys, lançado em 1976. 

Foi seu primeiro álbum de estúdio em três anos e o primeiro produzido por Brian Wilson desde Pet Sounds, dez anos antes. 15 Big Ones (Brother / Reprise MS 2251) foi # 8 nos Estados Unidos durante uma estadia de 27 semanas nas paradas. Ele chegou a # 31 no Reino Unido. 15 Big Ones agora está emparelhado em CD com Love You e faixas bônus do período. No verão de 1974, a Capitol Records, consultando apenas Mike Love, lançou um álbum duplo, compilando os hits "pré-Pet Sounds". Endless Summer foi álbum # 1 na Billboard. Foi a maior venda da banda desde "Good Vibrations", e manteve-se na lista por três anos. No ano seguinte a Capitol lançou outra compilação, Spirit of America, que também vendeu muito bem. Com ambas as compilações, os Beach Boys repentinamente voltaram a ser relevantes para a música americana. 

O gerente Reiley Jack, que permaneceu nos Países Baixos após a Holland ser lançado, foi demitido das suas funções gerenciais em 1973. A revista Rolling Stone, em 1974, elegeu The Beach Boys a Banda do Ano, com base unicamente no seu material escrito e produzido por Brian quase uma década antes. Com a saída de Blondie Chaplin, James William Guercio começou a oferecer aconselhamento para a carreira do grupo e acabou sendo tão inteligente e sensato que finalmente se tornou o novo gerente da banda. Com Guercio, o The Beach Boys iniciou uma turnê de grande sucesso em 1975 com a banda Chicago com cada grupo executando algumas das músicas do outro, incluindo a sua colaboração feita no ano anterior "Wishing You Were Here", um hit da banda Chicago. 

Os vocais dos Beach Boys também foram ouvidos no hit "Don't Let the Sun Go Down on Me" de Elton John, grande fã da banda, em 1974. A nostalgia dominava os shows do grupo, que não tinha oficialmente lançado álbuns de material novo desde Holland, em 1973. Enquanto os seus shows estavam continuamente lotados, a banda começou a substituir os covers e suas músicas mais recentes pelos hits pré-1967. Nas apresentações, o material da banda de Smiley Smile à Holland acabou por ser gradualmente eliminado e substituído por seus hits de 1961 a 1966. Esta decisão frustrou muitos fãs da banda. 

No outono de 1974, as sessões foram realizadas no Caribou estúdio Ranch (propriedade de James William Guercio), no Colorado e Studio Brother em Santa Monica para um álbum previsto para ser lançado no início de 1975. Foi relatado que Brian era ativamente envolvido no processo, mas o disco não foi lançado. Muitas das fitas teriam sido destruídas quando a Fazenda Caribou e seu estúdio incendiaram, apenas as fitas gravadas para Brother Studio sobreviveram. Em 1975, a compilação Endless Summer estava vendendo bem e a banda (sem Brian Wilson) estava viajando muito, fazendo muito sucesso nos Estados Unidos. 

No final de janeiro de 1976, The Beach Boys estavam de volta ao estúdio, com produção de Brian Wilson, mais uma vez. Ele decidiu que a banda devia fazer um álbum só de covers, mas os irmãos Carl Wilson e Dennis Wilson discordaram, sentindo que, depois de tanto tempo, um álbum de originais seria o ideal. Mike Love e Al Jardine supostamente queriam que o álbum saísse o mais rapidamente possível para se beneficiar do ressurgimento de sua popularidade. Em um ponto durante as gravações, foi decidido que seria lançado um álbum duplo: um álbum de covers e outro de material original. No final, uma mistura de inéditas e covers foi acordada, apesar dos irmãos mais novos de Brian ficarem descontentes. Seja como for, 15 Big Ones foi uma mudança radical de álbuns anteriores, como Sunflower e Holland. 

O álbum foi divulgado por um especial de televisão na NBC, em 4 de agosto de 1976, intitulado simplesmente "The Beach Boys", que foi produzido pelo criador do Saturday Night Live, Lorne Michaels, anunciando assim o seu regresso. Um dos destaques do especial foi uma versão da canção de "Alexander Hamilton's Double Rock Baptist Choir", onde Brian parece estar mais a vontade do que ele realmente era. Mais à vontade do que no fracasso da camédia "Failure To Surf", que contou com a ajuda de Dan Aykroyd e John Belushi como policiais "surf ". A regravação "Rock and Roll Music" foi # 5 nos Estados Unidos e # 36 no Reino Unido. A inédita "It's OK", de Brian e Mike foi mais um regresso ao seu estilo anterior e foi um hit moderado, alcançando # 29 nos Estados Unidos. 

O grupo também embarcou em uma grande turnê pelos Estados Unidos e várias das performances incluíam Brian. Apesar de Dennis Wilson sugerir chamar o álbum de Group Therapy, e ter rejeitado Pick Up Ya No 8 (da canção "I Wanna Pick You Up") 15 Big Ones, foi nomeado por causa dos seus quinze anos na empresa e pelo fato de ter tido o mesmo número de faixas. Foi lançado no final de junho, atingindo # 8 nos Estados Unidos e indo a ouro. Foi o mais bem sucedido álbum de estúdio dos Beach Boys em quase dez anos, embora a crítica ao álbum não tenha sido boa. 

Magno Moreira

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Zero Hora - 50 anos do "Álbum Branco", dos Beatles, veja os vídeos

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Um dos discos mais icônicos da historia do rock comemorou 50 anos em 2018, a verdade é que a gravação de The Beatles, álbum que passaria para a história sob o título extraoficial de Álbum Branco, foi uma disputa de egos e de vaidades que precedeu o fim do que talvez tenha sido a maior banda de rock da história - nos dois anos seguintes, a banda lançaria apenas a trilha do filme Yellow Submarine (1969) e seus dois últimos discos, Abbey Road (1969) e Let It Be (1970). 

Mas é bem mais interessante analisar o disco - que completou 50 anos no último 22 de novembro, com direito a relançamentos especiais em todo o mundo - com base na simbologia que ganhou, nas histórias por trás de suas composições, na separação de quatro forças da música em dínamos independentes e no que pode ser considerado um grande mosaico de influências, registros anteriores, ressentimentos e percepções acerca do zeitgeist do final dos anos 1960, resumidos em uma capa totalmente branca, com o nome da banda quase invisível.
Faixa por faixa do Album branco


O contraste já fica claro desde a capa: se os registros anteriores, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e a trilha de Magical Mystery Tour, lançados em 1967, tinham encartes coloridos, psicodélicos e atrolhados de imagens, The Beatles foi lançado quase imaculado. Soma-se isso ao fato de Paul, John, Ringo e George terem permanecido dois meses na cidade de Rishikesh, na Índia, onde passaram por um retiro espiritual conduzido pelo guru Maharishi Mahesh Yogi, e a mística sobre o lançamento já ganha ares de hype antes mesmo de as faixas serem escutadas. 
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Lá dentro, o que se vê são 30 faixas divididas em quatro discos, que vão do blues tipicamente norte-americano (Yer Blues) ao experimentalismo vanguardista de Yoko Ono (Revolution 9), passando por baladas com cara de Paul McCartney (I Will), cantigas de ninar (Good Night) e o que pode ser considerado o embrião do que passaria a ser chamado de heavy metal (Helter Skelter). 

Talvez por isso o Álbum Branco seja tão simbólico, principalmente para fãs dos fab four: devido às brigas constantes, o disco foi produzido de maneira praticamente individual por cada um dos membros. Ringo chegou a deixar a banda, Paul arranjou briga por gravar faixas sem consultar os companheiros, John foi pivô de desavenças por conta da presença indesejada de Yoko Ono e o abandono repentino do produtor George Martin. É possível tirar dali pistas do que aconteceria com cada um depois de a banda, enfim, decidir interromper as atividades. 


Pesquisa - Magno Moreira 


Fonte - Zero Hora

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Se a sua biblioteca estiver em chamas, qual ou quais, livro você salvaria?

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Se a sua biblioteca estiver em chamas qual livro você salvaria? 
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Eu, por exemplo, salvaria a bíblia o Corão e o Bhagavad Gita.

Golpe de midia II, a farça!

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O ex presidente Lula foi condenado com provas ? 

Você viu as tais provas? 

.. A Globo lhe mostrou as provas ? 

... O seu amigo, aquele coxinha vereador do PSDB lhe garantiu que Lula  é culpado ? 
.. Você estudou o processo, assistiu algum depoimento do réu ?

Isso que você vai ler aqui não foi noticia do JN


...LULA herdou dívida de 242 bilhões de FHC e PAGOU. 
...Dilma deixou 380,84 bilhões em reservas cambiais. 
...O PT QUEBROU O QUE MESMO? 
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Tristeza não tem fim, felicidade sim !


Sorria , você foi manipulado novamente

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

pode... ou não pode, Stanley Kubrick!

                  2018, uma panaceia sem espaço

Coitada da Bebete

Coitada da Bebete, não pensava...
só trabalhava!

Golpe de Mídia!







...Quem planejou o 11 de setembro ? 
Osama bin Laden? Quem te contou que foi ele? 
A CIA, o Pentágono ? 
A CNN? a Globo? 
Seu colega? Seu professor ? 

O PC do George Walker Bush 
? O Johnnie Walker ?
O seu amigo de Israel 
A fofoqueira da rua? A Geni, o zepelin prateado gigante ? 

                                 Sorria Você foi manipulado! 

              O sistema quer manter lhe adormecido

sábado, 6 de outubro de 2018

Operários de Tarsila do Amaral

Gosto muito do trabalho dessa pintora brasileira, li sua biografia em 2003 e 2004, gosto muito do trabalho dela retratando a classe operária brasileira da década de trinta. Pintado em 1933, a tela Operários tem temática social e está exposta no Palácio Boa Vista. O quadro, que retrata cinquenta e um operários da indústria, pertence ao Acervo do Governo do Estado de São Paulo.

Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, ‘Sagrado Coração de Jesus’, em 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce. Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu a pintora Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro de 1922) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, e os escritores Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. 

Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e em seguida Oswald foi encontrá-la. 1923 Neste ano, Tarsila encontrava-se em Paris acompanhada do seu namorado Oswald de Andrade. Conheceram o poeta franco suíço Blaise Cendrars, que apresentou toda a intelectualidade parisiense para eles. Foi então que ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger. Tarsila mostrou a ele a tela ‘A Negra’. Léger ficou entusiasmado e até chamou os outros alunos para ver o quadro. 

A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois essas negras eram geralmente filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a história da arte moderna brasileira. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, o casal Delaunay, outros escritores importantes além dele, como Jean Cocteau, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. 

Ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado. Tarsila oferecia almoços bem brasileiros em seu ateliê, servindo feijoada e caipirinha. Além de linda, vestia-se com os melhores costureiros da época, como Paul Poiret e Jean Patou. 

Em um jantar em homenagem a Santos Dumont, vestiu um casaco vermelho e chamou a atenção de todos por sua beleza e elegância. Pintou o autorretrato ‘Manteau Rouge’ em 1923 depois desta ocasião. Pau Brasil Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus quadros. 

‘Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, …’ 

E essas cores tornaram-se uma das marcas da sua obra, assim como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora, folclore e do nosso povo.Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. Além do tema e das cores, Tarsila trouxe a técnica do cubismo aprendida em Paris para os seus trabalhos. Esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil, e temos quadros maravilhosos como ‘Carnaval em Madureira’, ‘Morro da Favela’, ‘O Mamoeiro’, ‘O Pescador’, dentre outros. Ainda desta viagem a artista fez uma das suas melhores séries de desenhos que inspirou Oswald no livro de poesias intitulado Pau-Brasil, e Cendrars no livro Feuilles de route – Le formose. Em 1926, Tarsila fez sua primeira Exposição individual em Paris, com uma crítica bem favorável. Neste mesmo ano, ela casou-se com Oswald. Depois do casamento o casal passou longas temporadas na fazenda de Tarsila onde recebiam os amigos modernistas. Antropofagia Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o ‘Abaporu’. 

Quando Oswald viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que Tarsila já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também achou o quadro fantástico. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o Movimento que queria deglutir, engolir, a cultura européia, que era a cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro. Valorizando o nosso país. Outros exemplos de quadros desta fase dita Antropofágica são: ‘Sol Poente’, ‘A Lua’, ‘Cartão Postal’, ‘O Lago’, ‘Antropofagia’, etc. Nesta fase ela usou bichos e paisagens imaginárias, além das cores fortes. A artista contou que o Abaporu era fruto de imagens do seu inconsciente, e tinha a ver com as histórias que as negras contavam para ela em sua infância. 

Em 1929 Tarsila fez sua primeira Exposição Individual no Brasil, e a crítica dividiu-se, pois ainda muitas pessoas não entendiam sua arte. Neste ano de 1929, teve a crise da bolsa de Nova Iorque e a crise do café no Brasil, e assim a realidade de Tarsila mudou. Seu pai perdeu muito dinheiro, teve as fazendas hipotecadas e ela teve que trabalhar. Separou-se de Oswald, pois este a traiu com a estudante de 18 anos Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. Social e NeoPau Brasil Em 1931, já com novo namorado, o médico comunista Osório Cesar, Tarsila expôs em Moscou. 

Lá, sensibilizou-se com a causa operária, pois foi ciceroneada por um amigo dos tempos de Paris, Serge Romoff. Na volta ao Brasil participou de reuniões no Partido Comunista Brasileiro e foi presa por um mês. Depois deste episódio, terminou o namoro com Osório e nunca mais se envolveu com política. Em 1933 pintou a tela ‘Operários’, pioneira da temática social no Brasil. Desta fase, temos também a tela ‘Segunda Classe’ e outras que podemos atribuir ao social, mas com menos destaque como ´Costureiras´ e ´Orfanato´. Em meados dos anos 30, Tarsila uniu-se com o escritor Luís Martins, mais de vinte anos mais novo que ela. O romance durou 18 anos. Trabalhou como colunista nos Diários Associados do seu amigo Assis Chateaubriand de 1936 até meados dos anos 50. Em 1950, ela voltou com a temática do Pau Brasil com a tela ‘Fazenda’. Outras telas desta fase são ‘Vilarejo com ponte e mamoeiro´, ´Povoação I´ e ´Porto I´. 

Em 1949, sua única neta Beatriz morreu afogada, tentando salvar uma amiga em um lago em Petrópolis. As duas meninas faleceram. Tarsila participou da I Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, e participou da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969, a doutora e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, ‘Tarsila 50 anos de pintura’. Sua filha faleceu antes dela, em 1966. Tarsila faleceu em janeiro de 1973. 




                                               Pesquisa - Magno Moreira 

Fonte - http://tarsiladoamaral.com.br

Di Cavalcanti, o pintor que pintava o Brasil

Di Cavalcanti retratava o cotidiano em seus trabalhos, os quais o projetaram ao reconhecimento internacional. O pintor é considerado um dos nomes mais importantes e expressivos da arte brasileira, conheça aqui as suas principais obras.

Esse intrépido blogueiro gosta muito da arte produzida no Brasil, algumas das principais obras de Di Cavalcanti nos dão um panorama do que foi toda a sua criação ao longo de sua vasta produção. As mulheres antes de tudo foram o ser mais representado em suas pinturas e desenhos, a realidade social também sem nenhuma dúvida, o artista soube aliar suas novas técnicas de pintura aprendidas e influencias ao redor do mundo, sobretudo pela Europa, na composição de um estilo e traço único representando a realidade nacional. 


Pesquisa - Magno Moreira 

 Fonte - © obvious: http://obviousmag.org/pintores-brasileiros/di_cavalcanti/as-principais-obras-de-di-cavalcanti.html#ixzz5TAmZEyjF Follow us: @obvious on Twitter | obviousmagazine on Facebook

APROVADO - Ouvi o mais novo trabalho do ex beatle Paul McCartney e gostei muito

Ouvi e gostei muito do Egypt Station , o décimo sétimo álbum de estúdio solo do eterno beatle, o músico  britânico Paul McCartney, lançado em 7 de setembro de 2018. O álbum é o primeiro composto por canções inéditas desde o lançamento de New em 2013. Egypt Station foi produzido principalmente por Greg Kurstin, com exceção de uma única faixa produzida por Ryan Tedder. O disco será o primeiro de McCartney a ser lançado sob o selo da Capitol Records desde Chaos and Creation in the Backyard em 2005.
 Os primeiros singles do álbum, "I Don't Know" e "Come On To Me", foram lançados simultaneamente no dia 20 de junho de 2018. Mais tarde, no dia 15 de agosto, Paul lançou outro single, "Fuh You". 

Egypt Station foi gravado entre Los Angeles, Londres e Sussex. McCartney começou a trabalhar com o produtor Greg Kurstin algum tempo depois do lançamento do álbum New (2013) e, desde então, eles trabalharam juntos várias vezes até o anúncio de 20 de junho de 2018 do lançamento do Egypt Station.  

A canção Back in Brazil, a música  que esse intrépido e incauto blogueiro mais gostou foi gravada no KLB Studios em São Paulo.  A propósito, diga se de passagem que Back in Brazil é uma espécie de bossa nova heigh tec, linda e muito brasileira, vale a pena ouvir!

Nota dez, por Magno Moreira, outubro de 2018

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Origem do Samba

Samba vem de semba,ritmo que os escravos tocavam nas senzalas.Na Bahia foi se transformando e foi chamado de ''samba de roda'' até chegar ao Rio de Janeiro,onde ganhou este fomato que nós conhecemos hoje em dia. 
O samba é considerado por muitos críticos de música popular, artistas, historiadores e cientistas sociais como o mais original dos gêneros musicais brasileiros ou o gênero musical tipicamente brasileiro. A despeito da centralidade ou não do samba como gênero musical nacional, sua origem (ou a história de sua origem) nos traz o registro de uma imensa mistura de ritmos e tradições que atravessam a história do país. O samba originou-se dos antigos batuques trazidos pelos africanos que vieram como escravos para o Brasil. Esses batuques estavam geralmente associados a elementos religiosos que instituíam entre os negros uma espécie de comunicação ritual através da música e da dança, da percussão e dos movimentos do corpo. 

Os ritmos do batuque aos poucos foram incorporando elementos de outros tipos de música, sobretudo no cenário do Rio de Janeiro do século XIX. A partir do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro, que se tornara a capital do Império, também passou a comportar uma leva de negros vindos de outras regiões do país, sobretudo da Bahia. Foi nesse contexto que nasceram os aglomerados em torno das religiões iorubás na região central da cidade, principalmente na região da Praça Onze, onde atuavam mães e pais de santo. Foi nessa ambiência que as primeiras rodas de samba apareceram, misturando-se os elementos do batuque africano com a polca e o maxixe. A palavra samba remete, propriamente, à diversão e à festa. Porém, como o tempo, ela passou a significar a batalha entre especialistas no gênero, a batalha entre quem improvisava melhor os versos na roda de samba. Um dos seguimentos do samba carioca, o partido alto, caracterizou-se por isso. 

Como disse o pesquisador Marco Alvito em referência à história da palavra: “Um das possíveis origens, segundo Nei Lopes, seria a etnia quioco, na qual samba significa cabriolar, brincar, divertir-se como cabrito. Há quem diga que vem do banto semba, como o significado de umbigo ou coração. Parecia aplicar-se a danças nupciais de Angola caracterizadas pela umbigada, em uma espécie de ritual de fertilidade. Na Bahia surge a modalidade samba de roda, em que homens tocam e só as mulheres dançam, uma de cada vez. Há outras versões, menos rígidas, em que um casal ocupa o centro da roda. 

(ALVITO, Marcos. Samba. In: Revista de história da Biblioteca Nacional. Ano 9. nº 97. Outubro, 2013. p 80). 
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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Sísifo

Na mitologia grega, Sísifo (em grego: Σίσυφος, transl.: Sísyphos), filho do rei Éolo, da Tessália, e Enarete, era considerado o mais astuto de todos os mortais. Foi o fundador e primeiro rei de Éfira, depois chamada Corinto, onde governou por diversos anos. Casou-se com Mérope, filha de Atlas, sendo pai de Glauco e avô de Belerofonte. Mestre da malícia e da felicidade, ele entrou para a tradição como um dos maiores ofensores dos deuses. 

Segundo Higino, ele odiava seu irmão Salmoneu; perguntando a Apolo como ele poderia matar seu inimigo, o deus respondeu que ele deveria ter filhos com Tiro, filha de Salmoneu, que o vingariam. Dois filhos nasceram, mas Tiro, descobrindo a profecia, os matou. Sísifo se vingou ... e, por causa disso, ele recebeu como castigo na terra dos mortos empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha, de onde ela rola de volta.

 Segundo Pausânias, ele tornou-se rei de Corinto após a partida de Jasão e Medeia; nesta versão, Medeia não matou os próprios filhos por vingança, mas escondeu-os no templo de Hera esperando que, com isso, eles se tornassem imortais. Sísifo casou-se com Mérope, uma das sete Plêiades, tendo com ela um filho, Glauco. Ele também teve outros filhos, Ornitião, Tersandro e Almus. Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem Egina, filha de Asopo, um deus-rio. Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade, ele contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte presenteada recebeu o nome de Pirene. Assim, ele despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da Morte, Tânato, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar. 

O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino. Durante um tempo não morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar as batalhas. Tão logo teve conhecimento, Hades libertou Tânato e ordenou-lhe que trouxesse Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela não enterrasse seu corpo. Já no inferno, Sísifo reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia enganado a Morte pela segunda vez. Outra história a respeito de Sísifo trata do ocorrido quando Autólico, o mais esperto e bem-sucedido ladrão da Grécia (que era filho de Hermes e vizinho de Sísifo), tentou roubar-lhe o gado. 

Autólico mudava a cor dos animais. As reses desapareciam sistematicamente sem que se encontrasse o menor sinal do ladrão, porém Sísifo começou a desconfiar de algo, pois o rebanho de Autólico aumentava à medida que o seu diminuía. Sísifo, um homem letrado (teria sido um dos primeiros gregos a dominar a escrita), teve a ideia de marcar os cascos de seus animais com sinais de modo que, à medida que a res se afastava do curral, aparecia no chão a frase "Autólico me roubou". Posteriormente, Sísifo e Autólico fizeram as pazes e se tornaram amigos. Sísifo também seduziu Anticleia, filha de Autólico, que mais tarde se casou com o rei de Ítaca, Laerte; por este motivo, Odisseu é considerado, por alguns autores, como filho de Sísifo. Sísifo morreu de velhice e Zeus enviou Hermes para conduzir sua alma a Hades. 

No tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um castigo, juntamente com Prometeu, Tício, Tântalo e Íxion. Sísifo recebeu esta punição: foi condenado a, por toda a eternidade, rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível, invalidando completamente o duro esforço despendido. 

Por esse motivo, a expressão "trabalho de Sísifo", em contextos modernos, é empregada para denotar qualquer tarefa que envolva esforços longos, repetitivos e inevitavelmente fadados ao fracasso - algo como um infinito ciclo de esforços que, além de nunca levarem a nada útil ou proveitoso, também são totalmente desprovidos de quaisquer opções de desistência ou recusa em fazê-lo. Trabalho de Sísifo[editar | editar código-fonte] Sísifo tornou-se conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois, concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia. 

Pesquisa -  Emanuelle Moreira