Alain Delon (Sceaux, 8 de novembro de 1935) é um ator francês. Seu primeiro grande sucesso foi O Sol por Testemunha, de 1959.lain Delon nasceu na região da Borgonha, próximo a Paris. Quando tinha apenas quatro anos, seus pais, Edith e Fabian, se divorciaram. Delon foi adotado por um casal, mas pouco tempo depois o casal foi assassinado, e Delon retornou para sua mãe verdadeira, agora casada com um outro homem.
Sem dinheiro, trabalhou como porteiro, garçon, vendedor, nessa época, Delon conhece e se torna vizinho da futura cantora, Dalida, e Delon revelou há pouco tempo atrás que os dois haviam tido um caso nessa época, mesmo assim, se tornaram grandes amigos. Em 1957, foi ao Festival de Cannes com o amigo Jean-Claude Brialy, onde chamou a atenção dos presentes pela sua beleza, entre eles David O. Selznick, que lhe ofereceu um contrato, desde que aprendesse a falar inglês. Delon, então, retornou a Paris para aprender inglês, mas lá conheceu o cineasta Yves Allégret, que o convenceu a começar sua carreira na França. Com ele, Delon fez seu primeiro filme, Uma tal Condessa (Quand la femme s'en mele, 1957). No filme Christine contracenou com a atriz Romy Schneider, e por ela se apaixonou. Em 1959, foram morar juntos, e o relacionamento deles durou cinco anos.
O primeiro grande papel de Delon no cinema foi como Tom Ripley no clássico suspense O Sol por Testemunha (1959), dirigido pelo cineasta francês René Clément, baseado num livro da escritora Patricia Highsmith. Em 1960, Delon atuou em Rocco e Seus Irmãos, dirigido por Luchino Visconti, um dos filmes mais adorados da história do cinema.
Ator e diretor tornaram-se amigos e trabalhariam juntos mais uma vez em outro clássico O Leopardo (1963), vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes. A beleza física de Delon transformou-o em símbolo sexual dos anos 60 e 70. Apesar disso, sempre lutou para ser reconhecido como um grande ator, e não apenas um rostinho bonito. Em 1962, trabalhou com o cineasta Michelangelo Antonioni, no filme O Eclipse, última parte da célebre trilogia da incomunicabilidade desse diretor. Com o cineasta Jean-Pierre Melville, atuou em filmes como Le samouraï (1967), O Círculo Vermelho (1970) e O Expresso para Bourdeaux (Un flic, 1971). Trabalhou ainda com outros grandes cineastas, como Valerio Zurlini, em A primeira noite de tranquilidade (1972), Joseph Losey, em Cidadão Klein (1976) e O Assassinato de Trotsky (1972), Jean-Luc Godard, em Nouvelle vague (1990). Em 1964, casou-se com a atriz Nathalie Delon, separando-se em 1969, tiveram um filho o ator Anthony Delon. Nos anos seguintes, teve um longo relacionamento com a atriz Mireille Darc. Durante o período em que estava casado com Nathalie ocorreu um escândalo. Em 1968, um dos seus guarda-costas, Stevan Markovic, apareceu morto com um tiro, e as investigações pareciam mostrar envolvimento de Delon e outras personalidades da época no ocorrido. Em 1973, sua amiga de longa data, a cantora Dalida convida Delon para fazer um dueto com ela, na canção Paroles, paroles, que se tornou um enorme sucesso na época. Em 1987 conheceu a modelo holandesa Rosalie Van Bremen, durante a exibição do videoclipe de uma canção interpretada por Delon, Comme au cinéma. Os dois iniciaram um relacionamento, mesmo com a diferença de 32 anos entre os dois. Tiveram 2 filhos. Em 1997, para tristeza dos fãs, Delon anunciou que pararia de atuar, decepcionado com os rumos do cinema francês. Em 2001 Delon divorciou-se de Rosalie.
A separação foi muito difícil para ele, que passou a enfrentar períodos de depressão e confessou ter pensado inclusive em suicídio. Delon possui vários produtos com seu nome, incluindo roupas, perfumes, óculos e cigarros. Em 2008 retornou ao cinema no filme Astérix nos Jogos Olímpicos, no papel do conquistador romano Júlio César. Em 2012 sofreu um AVC.
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