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quarta-feira, 12 de maio de 2021

Hippies e Woodstock

 

O movimento hippie surgiu na cidade de São Francisco, na costa oeste dos Estados Unidos, na década de 60. Os hippies pregavam o amor livre, o respeito à natureza, ao pacifismo e à uma vida mais simples, sem preocupações consumistas. Igualmente, utilizavam o consumo de drogas a fim de abrir a mente e serem mais criativos. 


Com a escalada de violência entre Estados Unidos e União Soviética, durante a Guerra Fria, surge um movimento que contesta a violência e o capitalismo: o beat. A cultura beat questionava os valores tradicionais americanos e ocidentais como a moral, o matrimônio, os padrões de beleza e o estilo de vida baseado no consumismo. Sua origem remonta a um grupo de escritores que se reuniram nos anos 50 com o objetivo de criar obras literárias e criticar a sociedade americana. 

 Os principais nomes foram Jack Kerouac, Allen Ginsberg, William Burroughs, Anne Waldman, Elise Cowen, entre outros. Veja também: Guerra Fria Características da Cultura Hippie O movimento hippie foi herdeiro da cultura beat americana, mas foram mais além de uma escola literária e criaram um estilo de vida próprio. 

 Não demorou para que os jovens americanos, desiludidos pelo que acontecia na Guerra do Vietnã, sentirem-se atraídos pelo discurso de “paz e amor” e “faça amor, não faça a guerra” Por esta razão, o movimento hippie encaixa-se na vertente da contracultura, pois discorda da cultura dominante. Ainda acreditavam que o consumo de drogas alucinógenas abria a mente às novas possibilidades criativas. 

 O hippies protestaram contra a guerra participando de marchas e também se implicaram nos movimentos feministas e de direitos civis aos afro-descendentes, na linha proposta por Martin Luther King. Com sua defesa à liberdade sexual, também ajudaram a discutir temas referentes à homossexualidade. 

 Vestiam-se de forma oposta à moda vigente com calças e blusas largas, artigos de estampas florais, faixas nos longos cabelos e o uso barbas grandes para os homens. Através do consumo de drogas alucinógenas desenvolveram a cultura psicodélica que se caracteriza pelo uso de cores fortes, traços marcados e referências à natureza, especialmente às flores. Infelizmente, o abuso dessas substâncias tóxicas levaram vários artistas à morte prematura. 

 Veja também: 

Contracultura Festival de Woodstock Festival de Woodstock - 

''O Festival de Woodstock reuniu a juventude para três dias de "paz e música", segundo os produtores O grande marco do movimento hippie foi a realização do festival de música ocorrido em Woodstock, no estado de Nova York, em agosto de 1969. Apresentaram-se artistas como Jimi Hendrix, Joan Baez, Carlos Santana, Janis Joplin, The Who, Grateful Dead, e vários outros. O festival tornou-se um símbolo daquela época ao reunir, durante três dias, pessoas que acreditavam numa sociedade diferente daquela que era proposta pelo statos quo. Fim do Movimento Hippie Nos anos 70, várias ideias defendidas pelos hippies foram absorvidas pela sociedade. Igualmente, alguns dos seus principais representantes como Jimi Hendrix, Jim Morrison e Janis Joplin morreram de overdose. Jonh Lennon, que flertou com o pensamento hippie nos anos 70, foi assassinado em 1980. 

 Também o fato da família Manson, uma comunidade hippie estabelecida na Califórnia, ter cometido vários assassinatos e roubos, contribuiu para desacreditar em parte deste movimento. No entanto, os ideais hippies ainda estão presentes através do movimento ecologista, dos não-consumistas, vegetarianos ou veganos, e mesmo nas campanhas por direitos das minorias''. 

 Movimento Hippie no Brasil Tropicalismo Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil foram os expoentes do tropicalismo O movimento hippie no Brasil coincide com o período da ditadura militar. Isso torna o movimento um alvo dos militares e bastante criticado pela sociedade como um todo. 

A sua face mais visível é o tropicalismo que mistura vários princípios hippies, porém reinterpretados-os para a realidade brasileira. Assim, temos nomes como Gilberto Gil e Caetano Veloso reivindicando uma nova forma de fazer música e letras cheias de simbologias. Igualmente, temos o músico Raul Seixas mesclando o rock com ritmos nordestinos. 

Suas letras compostas com o escritor Paulo Coelho falavam de outras eras, espaçonaves e criticavam o mundo capitalista. No Brasil, existiram algumas comunidades hippies onde se pregava a coletividade, o bem comum, o amor livre e o consumo drogas.



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PESQUISA: MANU MOREIRA E MAX SANDERS

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